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Como a IA está transformando as escolas e o futuro da educação

Inteligência Artificial tem ajudado a agilizar tarefas repetitivas, personalizar o ensino e organizar as rotinas de estudantes e professores


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Imagem ilustrativa da imagem Como a IA está transformando as escolas e o futuro da educação
Jonisario, Yasmin e Milena usam ferramentas de IA na rotina escolar. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

“Acho muito importante a inteligência artificial (IA), principalmente nas escolas, porque facilita muito a vida dos estudantes. E tenho certeza de que, no futuro, vai ser ainda melhor”, afirma Yasmin Santos, de 15 anos, aluna do CEEFMTI Assisolina Assis Andrade. A frase de Yasmin resume o que especialistas apontam como tendência: a IA já começou a mudar o dia a dia das escolas — e essa transformação só tende a se intensificar.

Tarefas repetitivas, como corrigir provas e deveres de casa, devem ser substituídos por IA especializada, analisa Lucas Karam, coordenador do curso de Inteligência Artificial da Escola Brasileira de Pós-Graduação (Ebpós).

O coordenador destaca, ainda, o potencial da IA na personalização do ensino. “Pense em um Spotify da educação. O algoritmo identifica os gostos do usuário e sugere músicas com base nesse perfil. Com a IA, o mesmo pode acontecer na sala de aula: identificar onde o estudante tem mais dificuldade e oferecer atividades, explicações ou vídeos para aquela necessidade”.

Imagem ilustrativa da imagem Como a IA está transformando as escolas e o futuro da educação
Lucas Karam, advogado e especialista em inteligência artificial e direito digital, defende o uso da tecnologia para personalizar o ensino e apoiar o trabalho dos professores. |  Foto: Divulgação

Mais questões discursivas e aulas desenvolvidas para ensinar os estudantes a pensar são as pontuações feitas por Cláudia Costin, especialista em políticas educacionais e ex-diretora global de Educação do Banco Mundial.

Cleonara Schwartz, doutora em educação e professora da Ufes, complementa que a IA pode ajudar de várias formas, como na gestão de horários, notas e frequências.

Porém, alerta: “É preciso garantir que os profissionais da educação mantenham a autoria do seu planejamento. A IA não pode diminuir um trabalho que é altamente intelectual”, complementa.

Para Yasmin, a IA já está mudando sua realidade. “A gente usa a IA para ter mais autonomia. Fazemos planilhas de estudo com a ajuda dela. Em casa, usamos como uma professora: fazemos perguntas, ela responde e explica”.

Coordenador pedagógico da unidade onde Yasmin estuda, Jonisario Littig apoia o uso da inteligência artificial, e a coordenadora de inovação, Milena dos Santos, conta como a tecnologia ajuda.

“O professor chega com o conteúdo, faço uma triagem inicial e insiro um prompt na IA. Ela organiza a sequência didática, conforme a etapa da turma, e sugere metodologias. A partir disso, o professor analisa o material e adapta para a realidade da sala”, relata.

Segundo Milena, a ferramenta também é usada para pesquisar aplicativos, criar imagens para aulas e jogos no estilo “escape room”. “Trabalho de pesquisa, em que demoraríamos horas, a IA nos auxilia. Antes tínhamos ideias, mas não tínhamos tempo para executar”.

IA já é usada nas escolas públicas brasileiras

Ferramenta tem ajudado no desempenho e frequência dos estudantes

Espírito Santo

Desde 2019, a rede estadual usa uma plataforma que utiliza IA para auxiliar alunos do ensino médio a desenvolverem suas habilidades de redação.

a ferramenta atua propondo temas de redação para treinamento, corrigindo textos e também diagnosticando as principais dificuldades, habilidades e desafios desses estudantes.

Nos últimos anos, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) apontou a plataforma como um dos motivos para o aumento da média do Espírito Santo nas redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

São Paulo

Estudantes do 8º ano do ensino fundamental e da 1ª série do ensino médio da rede estadual começaram a contar com uma assistente virtual de correção por IA chamada TarefaSP, voltada para as lições de casa.

O projeto piloto foi desenvolvido pela Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc-SP). Ele corrige automaticamente questões dissertativas, analisando a resposta do aluno, comparando com o modelo esperado e classificando como correta, parcialmente correta ou incorreta.

A ferramenta ainda oferece comentários explicativos. Professores continuam acompanhando tudo e podem complementar as correções.

Rio Grande do Sul

Usa IA para identificar e prevenir a evasão escolar, por meio do Sistema de Proteção à Trajetória do Estudante. Trata-se de uma plataforma por meio da qual são registrados os dados de frequência e infrequência dos alunos, as razões dos afastamentos e as ações realizadas pela equipe escolar.

Com uso da Inteligência artificial, a plataforma identifica padrões e classifica o risco em três níveis (médio, alto e crítico), permitindo ações individualizadas, com base no perfil de cada aluno.

Piauí

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu o Piauí como o primeiro território nas Américas a implementar o ensino de Inteligência Artificial (IA) na educação básica.

Plágio, fake news e segurança são desafios

Embora as possibilidades de uso da Inteligência Artificial (IA) na educação sejam promissoras, especialistas alertam para os desafios.

Um deles é a formação dos professores, que precisam ser qualificados para lidar com as novas ferramentas. Isso ajudará, por exemplo, a prevenir plágios e disseminação de fake news.

“A Inteligência Artificial pode facilitar o plágio, além da reprodução de notícias falsas e outros comportamentos indesejáveis. Por isso, o professor precisa estar íntimo da tecnologia”, destaca Cleonara Maria Schwartz, doutora em educação e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

“É fundamental que a escola promova o uso crítico e responsável da ferramenta”, completa.

Outro desafio é a privacidade e segurança dos dados dos estudantes, analisa Lucas Karam, advogado especialista em direito digital e coordenador do curso de Inteligência Artificial da Escola brasileira de Pós-Graduação (Ebpós).

“Para uma pessoa leiga, descobrir, por exemplo, que a cor preferida de uma criança é azul não significa nada. Mas, para algoritmos de inteligências artificiais, essas informações são indícios de que conseguem fornecer perfis completos”.

Para ilustrar, o profissional recordou o escândalo da Cambridge Analytica. A empresa comprou dados pessoais de usuários do Facebook durante a campanha eleitoral de Donald Trump, nos Estados Unidos, para direcionar estratégias de marketing político, de forma personalizada.

Outra preocupação, ele destaca, são os efeitos que a IA tem no desenvolvimento das crianças.

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